Intencionalidade


Há tempos entrei em contato com o conceito da intencionalidade. Através de Levi Leonel, meu mestre por alguns anos, aprendi a inventariar as emoções e as intenções.

Vejo que este é um conceito amplamente discutido na filosofia (para quem quiser se aprofundar), até mesmo por Merleau-Ponty, que está na foto ao lado.

Falarei do que aprendi e do que coloquei em prática todos estes anos, num exercício constante de auto-percepção.

Primeiramente, aprendemos através do Samkhya, filosofia de vida, compilada por Levi, que a meditação pode ser uma processo constante de inventariado de si mesmo.

Podemos até utilizar técnicas para a meditação, mas caminhar atento à própria ação, emoção e intenção é um processo preciosíssimo para se conhecer e tornar-se sujeito do próprio caminho.

Ou seja, meditar não é um ato num momento isolado, mas constante e presente nos vários momentos do dia-a-dia.

Somos sensíveis a tudo o que os cinco sentidos captam, reagindo aos estímulos de forma singular. Somos sensíveis aos alimentos, às palavras, às companhias, ao mundo...
E estar no mundo significa receber estímulos e atuar de acordo com as impressões, as intenções, e uma história de vida.
O que quero propor é que se esteja atento a si mesmo, pelo menos a maior parte do tempo. Ouvir o que o corpo e a emoção dizem, já é bastante valioso.

Qual é a sensação em diferentes situações, quais são os objetivos e quais são as intenções de cada ação e de cada palavra.


Parece simples, mas isso leva ao processo de "des identificar-se" com a ação, ou ainda, ser si mesmo.
Em tempos de crises, de incertezas e ansiedades, inventariar-se e estar no aqui-e-agora, proposto pela Gestalt terapia, traz consciência, paz, força e autenticidade na trajetória da existência.

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