Mitos sexuais




A sexualidade humana é influenciada por fatores biológicos, psicológicos, sociais, políticos, éticos, culturais, legais e religiosos. É experienciada e expressa em pensamentos, fantasias, desejos, atitudes, valores, comportamentos, práticas, normas, relacionamentos e crenças. As crenças negativas sobre a atividade sexual são difundidas mundialmente e causam grande impacto no comportamento sexual. 
Na adolescência, crenças como o pensamento de que uma garota será “malvista” ou “mal falada” por usar métodos contraceptivos, antes do casamento, ainda existem, e podem fazer com que jovens se intimidem e não procurem assistência de saúde adequada para a contracepção. O mito de que não há risco para gravidez na primeira relação sexual, por exemplo, pode levar á uma gravidez não planejada, ainda na adolescência. 
Durante a gestação, mitos e crenças sexuais são inúmeros e os negativos são mais prevalentes que os positivos. Um casal pode interromper a atividade sexual ou, ainda, uma mulher grávida pode consentir que seu marido tenha relações sexuais com outra mulher, pois acredita que não pode se relacionar sexualmente nessa fase da vida. Por outro lado, há gestantes que acreditam que a atividade sexual facilita o trabalho de parto e evita a infidelidade conjugal. 
Homens e mulheres sofrem impactos de mitos e crenças sexuais que interferem na função e no comportamento sexual, podendo comprometer a aspectos da satisfação sexual. Muitos acreditam que idosos não têm vida sexual ativa, mas, atualmente, a realidade no Brasil é outra: apenas 10% dos indivíduos acima de 60 anos referem o uso de preservativos. 
A literatura mostra que informar e educar ainda são a melhor maneira de se desfazer mitos e crenças sexuais, promovendo melhora significativa na função sexual e, consequentemente, na qualidade de vida sexual dos indivíduos.

Referências
1.             Arousell, J., & Carlbom, A. Culture and religious beliefs in relation to reproductive health. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol, 32, 77-87, 2016.2.           

2.             Martins, CBG; de Almeida, FM; Alencastro, LC; de Matos, KF; de Souza, SPS. Sexualidade na adolescência: Mitos e tabus. Ciencia y enfermería XVIII (3): 25-37, 2012.

3.             Noronha, I. Cinco mitos sobre a sexualidade feminina para derrubar já! Revista Cláudia [online]. Disponível em: https://claudia.abril.com.br/sua-vida/5-mitos-sobre-a-sexualidade-feminina-para-derrubar-ja/

4.             Ribeiro, MC; Nakamura, MU; Torloni, MR; Sacanavino, MT; do Amaral, MLS; Puga, MES; Mattar, R. Treatments of female sexual dysfunction symptoms during pregnancy: A systematic review of the literature. Sex Med Rev, 2(1):1-9, 2012.

5.             Ribeiro, MC; Scanavino, MT; do Amaral, MLS; Horta, ALM; Torloni, MR. Beliefs about sexual activity during pregnancy: A systematic review of the literature. The Journal of Sex and Marital Therapy. 43(8):822-832, 2017

6.            Rodrigues Jr, OM. Mitos sexuais masculinos. Psicologia e sexualidade. [online]. Disponível em: https://psicologia.oswrod.psc.br/index.php/saiba-mais-mitos-sexuais-masculinos/

7.           Toledo, LG.  Considerações narrativas sobre as vivências afetivo-sexuais entre lésbicas e suas relações com os mitos e estereótipos a respeito da lesbianidade. Trabalho apresentado em anais de evento. Disponível em: http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/anexos/AnaisXIVENA/conteudo/pdf/trab_completo_189.pdf

8.           UNESCO. Juventudes e sexualidade no Brasil. 2004. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001339/133977por.pdf



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